Viúva da Mega-Sena chora durante depoimento no Tribunal do Júri

Muitas contradições marcaram o terceiro dia de julgamento dos quatro suspeitos da morte do milionário Renné Senna, assassinado em 2007. Adriana Almeida (a viúva), Ronaldo Amaral, Marco Antônio Vicente e Janaína Sousa estão sendo julgados no Tribunal do Júri de Rio Bonito.
A defesa dos réus usou como estratégia questionar o trabalho realizado pela Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, que investigou os crimes. Duas das testemunhas ouvidas nesta quinta-feira, Marcelo Cardoso Braga, administrador da fazenda de Renné e cunhado de Adriana, e Creuza Ferreira Almeida, mãe da viúva, afirmaram que o trabalho da DH teria sido “truculento” e “ameaçador”.
Marcelo afirmou ainda que desconhecia trechos de seu depoimento e que foi coagido a depor, não sendo permitido a ele ler o conteúdo do texto, antes de assinar. Creuza também disse que foi coagida e que os inspetores da DH queriam que ela incriminasse sua filha.

Contradições - Valéria Almeida, irmã da viúva, afirmou que Adriana não gostava que o marido saísse sem seguranças para ir ao bar do Penco. Quando isso acontecia, Adriana colocava o segurança para seguir Renné à distância. No dia do crime, Valéria teria avisado a irmã que Renné estava no bar sozinho, informação que ela havia recebido do marido, Marcelo Cardoso Braga. Porém, Marcelo afirmou que desconhecia o paradeiro de Renné e que jamais avisou a esposa sobre o caso.
O PM Alexandre Fonseca, segurança de Renné, afirmou que no dia da morte do milionário ele fazia a escolta de Adriana, que recebeu a notícia da morte do marido por telefone. Adriana, que ouvia o depoimento no Fórum, começou a chorar copiosamente neste momento.
O PM afirmou ainda que foi com Adriana buscar o pai dela, Valcir, na rodoviária de Rio Bonito, após a morte de Renné. Entretanto, Creuza, mãe de Adriana e ex-mulher de Valcir, afirma que o marido não esteve em Rio Bonito no dia do crime.

O Fluminese - foto: arquivo-Lucas Dumphreys

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