Começa o pagamento da 2ª parcela do Pé-de-Meia

Um email que recebi sobre o HUAP, mas já havia passado do horário



Na próxima terça-feira, dia 13-12-11, faremos Niteroi parar para nos
ouvir.
Nossos leitos que antes já eram poucos (por volta de 300) foram reduzidos
para 134. Não temos mais emergência,as cirurgias eletivas foram suspensas
(alguém sabe de alguma cirurgia feita de urgência nos últimos anos?), não
temos mais enfermaria que seja adequada para quantidade de alunos, e do
jeito que as coisas andam, talvez um dia estarei enviando esse email
dizendo que não temos mais ambulatório. NÃO PODEMOS permitir!
Contamos com a presença de todos às 10h em frente ao HUAP. Todos nós temos
mais do que carinho por esse hospital, TEMOS A OBRIGAÇÃO DE DEFENDÊ-LO!
Na sexta-feira passada alertamos para o começo do movimento e nos culparam
de parar o trânsito até em São Gonçalo, algo improvável pois o sentido do
engarrafamento era exatamente oposto. E detalhe, o trânsito de Niterói é
como as águas calmas de um rio que sempre fluem, nós moradores dessa cidade
sabemos entendemos muito bem essa ironia.
Então, avisem a todos, terça feira às 10h, Niterói vai parar. Mas até no
caos há sentido, e o nosso sentido é lutar pela saúde, pela educação...por
nossa formação.
Segue o texto escrito por uma cirurgiã do HUAP.

RELATO DE UM PROFISSIONAL DO HUAP."Sou cirurgiã do Hospital Universitário
Antônio Pedro - HUAP há 22 anos. E fui aluna da escola de medicina. Aprendi
a ser médico naquela casa, onde convivo desde 1983. Certamente eu conheço o
hospital, ele é um pedaço da minha vida. E eu o defendo, como se deve
defender um pedaço da vida da gente. Mas eu também o defendo, e
principalmente, em nome da responsabilidade de cada profissional de saúde e
de cada cidadão a quem o hospital deve servir.Em nome de todas as pessoas
que precisam ou precisaram ou vão precisar de um atendimento médico naquele
que é o único hospital dedicado a alta complexidade nas cidades de Niterói,
São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito, Região dos Lagos e adjacências.O HUAP
provê transplante renal, tratamento de alta complexidade para hepatite e
cirrose hepática, cirurgia pediátrica e neonatal, neurocirurgia,
quimioterapia, entre tantas outras terapêuticas de alto custo e alta
complexidade, inclusive algumas que estão disponíveis de forma extremamente
limitada nos setores privados da saúde. Para todos, com alta qualidade e
sem uma alternativa na região.Em nome daqueles que estão aprendendo aqui a
ser profissionais de saúde. Estudantes de medicina, enfermagem,
fisioterapia, nutrição, psicologia, serviço social. Estas pessoas têm o
direito e o dever de ter boa formação técnica, ética e social. Estas
pessoas precisam de uma grande oferta de trabalho para amadurecerem como
profissionais que depois vão servir à população nos mais diversos locais.
Inclusive na saúde privada e nas áreas de pesquisa.Em nome de quem faz
pesquisa aqui, e sonha e pode prover um futuro melhor para todos.O hospital
serve à população. A toda ela.E está, neste momento, extremamente restrito
em seus atendimentos. As vagas para internação foram reduzidas a cerca de
50%. Os atendimentos cirúrgicos não emergenciais estão praticamente
paralisados, em todas as áreas de especialidade, principalmente por
deficiência e pessoal em algumas áreas estratégicas.Me causa espécie que
estas coisas, embora tenham sido previstas e venham sendo ventiladas pela
direção do hospital há mais de 6 meses, inclusive em comunicados à
imprensa, não sejam comentadas como o problema grave que representam e não
gerem a devida reação da sociedade civil. Quase o total de comentários que
vi na imprensa hoje a respeito da manifestação dos estudantes em defesa do
hospital ontem (sexta feira, 9 de dezembro) foram sobre os problemas de
trânsito secundários ao movimento na Avenida Marquês de Paraná.Por favor,
acordem, pensem.Defendam o nosso hospital.Ele serve a todos. A toda gente
da região. De qualquer idade, de qualquer gênero, com qualquer história.
Com poder de compra ou sem ele. Doente ou sã. Lembrem-se, mesmo quem está
são convive com quem está doente, ama gente doente, pode estar doente um
dia, precisa viver numa sociedade na qual a saúde, a cura e o apoio a quem
precisa predominem.

"Lisieux Eyer de Jesus - Cirurgiã Pediátrica - Presidente da Sociedade de
Cirurgia Pediátrica do Estado do Rio de Janeiro - Presidente da Sessão de
Cirurgia Pediátrica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

### Nota da editora### Isso é uma vergonha! Ao invés de aumentarem leitos e a verba  para que o Hospital se ampliasse e mais pesquisas fossem feitas.

Estudo na UFF, e um amigo meu, teve que comprar os aparelhos de odontologia, para  estudar. Acho um absurdo, pois na UFF há um consultório dentário para ensino, porque os alunos, tem que comprar aparelhos que custam mais de R$3.000,00, visto que, alguns  não têm condições para arcar com esses aparelhos. Fiquei sabendo também que alguns alunos tiveram que sair da Odontologia por falta de verba. Vergonha!

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