Programa ‘Voa Maricá’ inicia voos com destino a São Paulo

FOGO CRUZADO REGISTRA 15 CRIANÇAS BALEADAS NO GRANDE RIO

A região metropolitana do Rio de Janeiro tem 15 crianças baleadas em 2023, uma média de mais duas crianças por mês. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado. A vítima mais recente é Dijalma de Azevedo, de 11 anos, morto em Maricá, a caminho da escola, na manhã desta quarta-feira (12). Dijalma foi atingido no momento em que policiais realizavam uma operação e trocavam tiros com suspeitos.

Dijalma foi atingido na entrada de um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida. A mãe do menino estava ao lado no momento em que ele foi atingido.

O primeiro caso de criança atingida por bala perdida em 2023 aconteceu no primeiro dia do ano. Juan Davi de Souza Faria, de 11 anos, morreu após ser atingido por um tiro durante a comemoração do réveillon em Mesquita, na Baixada Fluminense. Juan Davi estava na varanda de casa quando foi baleado.

Das 15 crianças baleadas este ano, 8 eram meninos e 7 eram meninas. O município do Rio de Janeiro concentra o maior número de casos.

Rio de Janeiro: 5

Magé: 3

São Gonçalo: 2

Belford Roxo: 1

Duque de Caxias: 1

Mesquita: 1

São João de Meriti: 1

Maricá: 1


Veja a lista completa das 15 crianças baleadas em 2023 no Grande Rio:

1/1/2023 - Juan Davi de Souza Faria, de 11 anos, morto após ser atingido por um tiro na varanda de casa durante o réveillon em Mesquita

25/1/2023 - Rafaelle Pacheco, de 10 anos, morta por uma bala perdida no centro de são João de Meriti

2/2/2023 - Menina de 8 anos foi baleada nas costas no Jardim Catarina, em São Gonçalo, depois que ocupantes de um veículo dispararam em direção ao quintal em que a família e a menina estavam

4/2/2023 - Luiz Henrique Benicio de Farias, de 5 anos, foi baleado em Belford Roxo

19/2/2023 - Maria Eduarda Carvalho Martins, de 9 anos, foi morta por uma bala perdida durante um tiroteio que começou com uma briga em um bloco de carnaval de Magé. Outras duas crianças, de 6 anos e 11 anos, ficaram feridas

1/3/2023 - Menina de 11 anos é baleada durante uma ação policial na Vila Aliança, em Bangu, zona oeste do Rio

10/3/2023 - Maria Júlia, de 1 ano e 8 meses, foi baleada dentro de casa no momento em que havia uma operação policial na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio

26/3/2023 - Criança de 7 anos foi baleada durante uma ataque em Duque de Caxias. Pessoas estavam em um bar quando ocupantes de um carro passaram atirando

5/4/2023 - Ester de Assis Oliveira, de 9 anos, foi morta por uma bala perdida durante um tiroteio entre facções no Morro da Serrinha, em Madureira, zona norte do Rio. Ela foi atingida quando voltava da escola

12/4/2023 - Lucas Cauã, de 10 anos, foi atingido por uma bala perdida durante um tiroteio no Anaia, em São Gonçalo. Lucas saía da escola foi quando foi baleado

16/4/2023 - Uma criança de 3 anos foi baleada nas costas durante um tiroteio em Costa Barros, zona norte do Rio

30/4/2023 - Lohan Samuel, de 11 anos, foi morto por uma bala perdida no portão de casa, em Costa Barros. Havia um conflito entre facções no momento em que ele foi atingido

12/7/2023 - Dijalma de Azevedo, de 11 anos, foi morto no momento em que policiais trocavam tiros com suspeitos. O menino estava uniformizado e a caminho da escola quando foi atingido

Adolescentes

A região metropolitana do Rio de Janeiro tem 26 adolescentes baleados em 2023: 11 deles morreram e 15 ficaram feridos. Dos 26 baleados de janeiro a julho, 8 foram durante ações ou operações policiais (7 ficaram feridos e 1 morreu).


SOBRE O FOGO CRUZADO

O Fogo Cruzado é um Instituto que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, fortalecendo a democracia através da transformação social e da preservação da vida.

Com uma metodologia própria e inovadora, o laboratório de dados da instituição produz 40 indicadores inéditos sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.

Através de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado recebe e disponibiliza informações sobre tiroteios, checadas em tempo real, que estão no único banco de dados aberto sobre violência armada da América Latina, que pode ser acessado gratuitamente pela API do Instituto.



Comentários