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Essa não é uma matéria jornalística, é uma pesquisa jornalística. Eu estava fazendo uma pesquisa sobre a pandemia da Gripe Espanhola de 1918, para comparar com os noticiários de hoje, comparando as ações de hoje com as do passado.
Parei para pensar e me questionei sobre Maricá, cidade que vivo há 22 anos, e frequento desde quase toda minha existência, - será que consigo algo sobre nosso município, no jornal Gazeta de Notícias? Pois, Maricá também fará em maio, 206 anos, no dia 26. O Jornal era um dos mais tradicionais, das décadas de 18 e 19. Ele foi também, objeto de meu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo, e por isso, foi a minha referência para pesquisa.
Muitas pessoas, não dão importância para jornais impressos, mas o que seria da identidade e memória dos estados, municípios e de nosso país. Até mesmo, de personagens que viviam em uma determinada época, se não fossem os folhetins ou os jornais impressos. Ouço muito falar, -”quem vive de passado é museu”, mas se não fosse o passado, não teríamos uma história.
Parei para pensar e me questionei sobre Maricá, cidade que vivo há 22 anos, e frequento desde quase toda minha existência, - será que consigo algo sobre nosso município, no jornal Gazeta de Notícias? Pois, Maricá também fará em maio, 206 anos, no dia 26. O Jornal era um dos mais tradicionais, das décadas de 18 e 19. Ele foi também, objeto de meu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo, e por isso, foi a minha referência para pesquisa.
Muitas pessoas, não dão importância para jornais impressos, mas o que seria da identidade e memória dos estados, municípios e de nosso país. Até mesmo, de personagens que viviam em uma determinada época, se não fossem os folhetins ou os jornais impressos. Ouço muito falar, -”quem vive de passado é museu”, mas se não fosse o passado, não teríamos uma história.
Vamos circular por Maricá, no passado...
Avante!!!
Em 1900......
No primeiro dia do ano de 1900, Maricá, já é citado no jornal. Segundo, a notícia, na página 3, na ed. 01, no dia 31/12/1899, houveram eleições, para deputado federal e renovação de 1/3, de senadores, em todo o Brasil.
A eleição em Maricá, não diz muito, só informa, que a oposição não compareceu a votação e tiveram 720 votos para senador e 721 para deputados.
Na seção eleitoral de Saquarema, houve problemas, por causa de 3 capangas vindo de Maricá, que tentaram matar os doutores Joaquim Portella e Cotrim. Foi ferido um mesário gravemente. Não teve eleição, na seção, porque os mesários foram amedrontados pelo subdelegado, João Catharino e suplente Alcides Vianna, os mandantes dos capangas. Um "causo" interessante. 
Na edição de número 3, quarta-feira, 3/01/1900, Maricá é citada, na coluna “Telegramas (À Última Hora) ”, como 4º distrito, entre os municípios, Niterói, Capivari, Itaboraí, Cabo Frio, São Pedro de Aldeia, Saquarema, São Gonçalo, Itaipu e outros.
Na edição de segunda –feira, 19 de fevereiro de 1900, Maricá, ganha destaque na capa.
Segue a transcrição:
“Deve estar na memória de todos que ocorreu há meses no município de Maricá, Estado do Rio. Alguns vereadores em oposição ao governo do Dr. Alberto Torres, não concordando com certos atos dos seus colegas, resolveram resignar os seus cargos, o que veio a público. No dia imediato, os resignatários negaram ter assim procedido, e acusaram os colegas de minoria de terem deposto a Câmara.
Aberto inquérito, verificou-se não haver deposição, determinando o presidente da municipalidade, que se procedesse à eleição para preenchimento das vagas existentes na Câmara. Dada esta, recorreram os Srs. Coronel Cyrillo Ribeiro de Almeida e Carlos Alberto de Abreu Rangel para o Tribunal da Relação do reconhecimento feito pela Câmara.
Esse recurso foi julgado em sessão de ontem do Tribunal, que resolveu não tomar conhecimento do mesmo, contra o voto do desembargador Ferreira Lima, por ter sido interposto fora do prazo legal.
Relatou o feito, o desembargador Baggi de Araujo, cabendo o julgamento a todo o tribunal.
A decisão do único tribunal, competente para resolver das questões sobre eleições municipais, veio validar a Câmara, que se acha de posse do edifício, fazendo desaparecer o boato espalhado de deposição”.
Na edição de do dia 14 de março de 1900, Maricá também está na primeira página, na coluna “Telegrammas”, veja a imagem:
Na edição de 29 de abril, Maricá é citada na primeira página do Jornal, não ganha destaque, só uma nota. Veja:
Na edição de 20 de maio de 1900, na página um, fala da Estrada de Ferro de Maricá, que ficou pronta até Ponta Negra. Era a evolução chegando mais distante. 
Na edição de 2 de junho de 1900, Maricá é citada na desinfecção da Estrada, pois em maio daquele ano, tivemos a epidemia da peste bubônica no Rio de Janeiro. Os trens, ruas e outros eram sanitizados, e o Dr. Toledo Dodsworth, lutava para conseguir esse trabalho às Estradas de Maricá e outras. 
Na edição do dia 06 de junho de 1900, Maricá é citada na página 2. Agora, a Estrada de Ferro de Maricá, iria ter uma câmara de desinfecção na estação do cais "Pharoux". A peste bubônica ainda é uma epidemia no Rio de Janeiro.
Na edição do dia 12 de junho de 1900, cita que no dia 11/06, começou a desinfecção da Estrada de Ferro de Maricá. 
Na edição do dia 15 junho de 1900, cita de novo a Estrada de Ferro de Maricá, nos trabalhos de desinfecção. Veja:
Na edição do dia 19 julho de 1990, cita a Estrada de Ferro de Maricá, mais uma vez. A peste continua assolando o Rio de Janeiro e ainda há trabalhos de desinfecção nas redes ferroviárias.
Na edição de 29 de julho de 1900, Maricá é citada novamente, pela Estrada de Ferro, e cita-se festividades do mês de agosto, que provavelmente, esteja se referindo a festa em homenagem, padroeira da cidade, Nossa Senhora do Amparo.
Na edição do dia 2 de agosto de 1900, Maricá tem um anúncio na página 6 (reservada para anúncios), da festa da Padroeira. Para os fuxiqueiros de plantão, que dizem sobre as mídias de Maricá, são vendidas por terem institucionais da Prefeitura, está aí, a prova que desde sempre, órgãos públicos do Brasil e até mesmo a prefeitura de Maricá, pagam um espaço, para divulgar suas ações. O jornal naquela época (até mesmo antes), deixou de ser só um divulgador de fatos e passou a ser uma empresa, divulgando anúncios de comércios e outros.
Veja o texto:
“Maricá
Grande Festa de Nossa Senhora do Amparo e do Divino Espírito Santo – Nos dias 13,14 e 15 de agosto.
No dia 13 de agosto do corrente ano terá lugar com brilho e pompa do costume a festa de Nossa Senhora, com missa solene às 11 horas, procissão às 5 horas da tarde e Te-Denm à noite.
Pregará o evangelho nos dias 13 e 15 o Revm. Dr. Nobre Pelinea.
O novenário principiará no dia 06, com a orquestra regida pelo professor Salvador Alves de Mattos e todas as noites, acabadas as novenas, serão vendidas em quermesses ricas prendas, oferecida para o auxílio da festa.
No dia 13 terá lugar a festa do Divino Espirito Santo, havendo também missa solene e sermão, leilão à noite e fogos de artifício.
A administração não poupará esforços em benefícios das festas.
Na Estrada de Ferro Maricá haverá trens extraordinários, sendo o horário publicado oportunamente.
Durante as quermesses e dias das festas tornará em um coreto artisticamente feito uma excelente orquestra dirigida pelo conhecido maestro Adelino Aguiar.
Findo o leilão no dia 15, será queimado vistoso fogo de artifício, fabricado pelo hábil pirotécnico Manuel Soares residente em Niterói”.
Na edição do dia 03 de agosto de 1990, Maricá é citada na página 3, pela Estrada de Ferro.
No dia 04 de agosto de 1900, a edição da uma nota sobre a festividade de Maricá, na página 2.
No dia 05 de agosto de 1900, a edição tem um anúncio da festa da Padroeira, os horários dos trens, o preço, e um aviso.
No dia 07 de agosto de 1900, a edição um anúncio, que no dia 08/08, ficará suspenso o recebimento de mercadorias de importação, nos vagões da Estrada de Ferro Maricá, até o fim das festividades de Maricá. O mesmo se repete no dia 08 de agosto.
Na edição do dia 2 de setembro de 1900, Maricá citada, com a declaração do valor que o prefeito do município e de outros receberiam 2.400.000 réis.
Na edição do dia 05 de outubro de 1900, Maricá é citada numa nota que um paciente vindo da cidade, estava com varíola. Provavelmente, não deveria ter boa saúde pública em Maricá. 
Na edição do dia 24 de outubro de 1900, Maricá é citada em um anúncio de remédio. Uma paciente desenganada foi curada com o produto. Que é publicado em mais 3 edições.
Avante!!!
Em 1900......
No primeiro dia do ano de 1900, Maricá, já é citado no jornal. Segundo, a notícia, na página 3, na ed. 01, no dia 31/12/1899, houveram eleições, para deputado federal e renovação de 1/3, de senadores, em todo o Brasil.
A eleição em Maricá, não diz muito, só informa, que a oposição não compareceu a votação e tiveram 720 votos para senador e 721 para deputados.
Na seção eleitoral de Saquarema, houve problemas, por causa de 3 capangas vindo de Maricá, que tentaram matar os doutores Joaquim Portella e Cotrim. Foi ferido um mesário gravemente. Não teve eleição, na seção, porque os mesários foram amedrontados pelo subdelegado, João Catharino e suplente Alcides Vianna, os mandantes dos capangas. Um "causo" interessante.
Veja:
Na edição de número 3, quarta-feira, 3/01/1900, Maricá é citada, na coluna “Telegramas (À Última Hora) ”, como 4º distrito, entre os municípios, Niterói, Capivari, Itaboraí, Cabo Frio, São Pedro de Aldeia, Saquarema, São Gonçalo, Itaipu e outros.
Veja: 
Na edição de número 24, quarta-feira do dia 24/01/1900, Maricá está na primeira página, em um pedido de publicação na Folha Oficial do Estado do Rio de Janeiro, o decreto 554ª, de 28/09/1899, concedendo a licença à Companhia Lavoura e colonização de São Paulo, para construir a linha férrea por tração a vapor, partindo de Maricá, atravessando Saquarema e terminando em Araruama.
Na edição de segunda –feira, 19 de fevereiro de 1900, Maricá, ganha destaque na capa.
Segue a transcrição:
“Deve estar na memória de todos que ocorreu há meses no município de Maricá, Estado do Rio. Alguns vereadores em oposição ao governo do Dr. Alberto Torres, não concordando com certos atos dos seus colegas, resolveram resignar os seus cargos, o que veio a público. No dia imediato, os resignatários negaram ter assim procedido, e acusaram os colegas de minoria de terem deposto a Câmara.
Aberto inquérito, verificou-se não haver deposição, determinando o presidente da municipalidade, que se procedesse à eleição para preenchimento das vagas existentes na Câmara. Dada esta, recorreram os Srs. Coronel Cyrillo Ribeiro de Almeida e Carlos Alberto de Abreu Rangel para o Tribunal da Relação do reconhecimento feito pela Câmara.
Esse recurso foi julgado em sessão de ontem do Tribunal, que resolveu não tomar conhecimento do mesmo, contra o voto do desembargador Ferreira Lima, por ter sido interposto fora do prazo legal.
Relatou o feito, o desembargador Baggi de Araujo, cabendo o julgamento a todo o tribunal.
A decisão do único tribunal, competente para resolver das questões sobre eleições municipais, veio validar a Câmara, que se acha de posse do edifício, fazendo desaparecer o boato espalhado de deposição”.
Na edição do dia 15 de abril de 1900, Maricá ganha a segunda
página, falando sobre a morte de um médico respeitável de 95 anos, o clinico
Dr. João Marcello Brasil. Veja na foto:
Na edição do dia 2 de agosto de 1900, Maricá tem um anúncio na página 6 (reservada para anúncios), da festa da Padroeira. Para os fuxiqueiros de plantão, que dizem sobre as mídias de Maricá, são vendidas por terem institucionais da Prefeitura, está aí, a prova que desde sempre, órgãos públicos do Brasil e até mesmo a prefeitura de Maricá, pagam um espaço, para divulgar suas ações. O jornal naquela época (até mesmo antes), deixou de ser só um divulgador de fatos e passou a ser uma empresa, divulgando anúncios de comércios e outros.
Veja o texto:
“Maricá
Grande Festa de Nossa Senhora do Amparo e do Divino Espírito Santo – Nos dias 13,14 e 15 de agosto.
No dia 13 de agosto do corrente ano terá lugar com brilho e pompa do costume a festa de Nossa Senhora, com missa solene às 11 horas, procissão às 5 horas da tarde e Te-Denm à noite.
Pregará o evangelho nos dias 13 e 15 o Revm. Dr. Nobre Pelinea.
O novenário principiará no dia 06, com a orquestra regida pelo professor Salvador Alves de Mattos e todas as noites, acabadas as novenas, serão vendidas em quermesses ricas prendas, oferecida para o auxílio da festa.
No dia 13 terá lugar a festa do Divino Espirito Santo, havendo também missa solene e sermão, leilão à noite e fogos de artifício.
A administração não poupará esforços em benefícios das festas.
Na Estrada de Ferro Maricá haverá trens extraordinários, sendo o horário publicado oportunamente.
Durante as quermesses e dias das festas tornará em um coreto artisticamente feito uma excelente orquestra dirigida pelo conhecido maestro Adelino Aguiar.
Findo o leilão no dia 15, será queimado vistoso fogo de artifício, fabricado pelo hábil pirotécnico Manuel Soares residente em Niterói”.
Na edição do dia 2 de setembro de 1900, Maricá citada, com a declaração do valor que o prefeito do município e de outros receberiam 2.400.000 réis.
E aqui termina as citações de Maricá, no jornal Gazeta de Notícias, em 1900. Gostou? Compartilhe!
Pesquisa: Marisol Carvalho/ Imagens: BNDigital
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