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Mulher de Amarildo está desaparecida há 10 dias

Elizabeth Gomes da Silva, de 48 anos, mulher do pedreiro Amarildo de Souza, está desaparecida há dez dias.
Beth, segundo a família, saiu de casa no último dia 30 depois de ser encontrada alcoolizada pelas ruas da Rocinha. Segundo João Tancredo, advogado da família, a mulher de Amarildo está sofrendo de depressão profunda e bebe compulsivamente. Beth estava vagando pelas ruas da Rocinha e foi levada para casa pelos filhos. Alcoolizada, Beth retornou para a rua naquela segunda-feira e não foi mais vista.
Os oito filhos estão procurando Beth em vários locais, mas não há pistas. João Tancredo acredita que ela esteja desorientada e não consegue voltar para casa.
— A Justiça concedeu atendimento psicológico, mas ela não consegue fazer o tratamento. A clínica, que é pública, só atende em horário comercial. Como Beth trabalha como diarista, não consegue comparecer nos dias de consulta. Nos últimos dias, a depressão aumentou e também o consumo de álcool — disse o advogado.
Beth tem duas filhas de um casamento anterior que moram em Macaé. João Tancredo conseguiu contato com uma delas, que disse não saber da mãe. Agora, as buscas dos filhos começam a ser feitas em hospitais e necrotérios, mas eles mantém, segundo o advogado, com esperança de encontrá-la bem.
Um dos filhos de Beth, Emerson Gomes Dias, de 21 anos, disse que a mãe tem andado depressiva e voltou a usar drogas e abusar do álcool. Os irmãos menores, segundo ele, não sabem do desaparecimento de Beth.
— Os meus irmãos menores perguntam o tempo todo sobre a minha mãe, mas não contamos o que aconteceu. Eles já sofreram muito quando o meu pai desapareceu, como vamos dizer que não sabemos onde a minha mãe está? No dia 30, ela chegou em casa pegou algumas roupas e disse que ia encontrar com o meu pai. Depois disso, não tivemos notícia — disse Emerson, que vai registrar o desaparecimento da mãe na 15ªDP (Gávea).
Na próxima segunda-feira, o desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo completa um ano. Amarildo sumiu após ser levado à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, onde passou por uma averiguação. Policiais militares foram acusados de torturar, matar e depois desaparecer com o corpo do pedreiro.

Por Célia Costa | O Globo   Foto: Reprodução/ Facebook

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