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A Polícia Federal abrirá inquérito para investigar o repasse, sem licitação, de R$ 1,5 milhão da prefeitura de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, à ONG Centro de Atendimento Popular da Leopoldina (CAPL), em 2010, por meio do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), do Ministério do Trabalho. À época, a secretária do Trabalho da cidade era Márcia Cristina Garcia Pereira, filiada do PDT e irmã de Felipe Augusto Garcia Pereira, ex-motorista e ex-assessor do então ministro Carlos Lupi. Uma das providências da PF será requerer a lista dos mil jovens inscritos, que deveriam ser beneficiados, para constatar se eles efetivamente receberam os cursos de qualificação profissional.
O pedido de investigação foi feito pelo procurador José Augusto Vagos. O Ministério Público Federal decidiu agir depois que os servidores da Procuradoria da República em Niterói subscreveram notícia-crime com base em reportagem do jornal O GLOBO de 19 de novembro deste ano. Vagos encaminhou ainda cópia ao Ofício da Tutela Coletiva da Procuradoria da República em Niterói para ser apurado eventual ato de improbidade administrativa.Segundo o D.O. da prefeitura de Maricá, em 12 de maio de 2010, Márcia autorizou a contratação do CAPL. Mas, para justificar a dispensa de licitação, baseou-se no inciso IV do artigo 24 da Lei das Licitações, usado em emergência ou calamidades públicas. Sete dias depois, o então secretário municipal, Paulo Cesar Filho, confirmou a escolha da ONG. Mas um auditor fiscal ouvido pelo GLOBO disse que o processo não se enquadra na legislação. Em nota, a prefeitura diz que se baseou no inciso XIII do artigo 24 da lei, que dispensa licitação para instituição de pesquisa, ensino ou do desenvolvimento institucional.
O Globo
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