Estudante suspeita de matar o namorado em motel vai a júri popular

   A estudante Verônica Verone de Paiva, de 18 anos, suspeita de assassinar o namorado, o empresário Fábio Gabriel Rodrigues Barbosa, em um motel em Itaipu, Niterói, no dia 14 de maio, vai a júri popular. A decisão é do juiz Peterson Barroso Simões, da 3ª Vara Criminal de Niterói, e foi publicada nesta sexta-feira no Diário da Justiça.
   O juiz recusou a tese da defesa que dizia que a jovem sofre de problemas mentais. Segundo ele, "o exame de sanidade mental, ao qual a acusava foi submetida, apontou que a mesma era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato". Verônica será julgada pela prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
   "Após ministrar à vitima tranquilizantes e antidepressivos, que, associados à grande quantidade de bebida alcoólica já ingerida, deixou-a em estado de inconsciência, utilizou-se do cinto da vítima, ou de outro instrumento que ainda não se pode precisar, ou mesmo do próprio braço ou mãos, comprimiu o pescoço da vitima até causar-lhe a morte por asfixia, conforme auto de exame cadavérico", diz o documento. A jovem, contudo, não irá responder pelo crime de ocultação de cadáver.
   De acordo com a delegada responsável pelo caso, Juliana Rattes, testemunhas disseram que Verônica tentou comprar uma arma por R$ 2 mil dias antes de estrangular o empresário. Laudos de peritos atestaram que o empresário não havia consumido drogas, mas teria sido dopado com remédios para dormir e álcool.
   Segundo a polícia, Fábio estava desacordado quando a estudante o estrangulou, possivelmente com um cinto. Ela ainda arrastou o corpo do empresário, que pesava 90 kg, do quarto até a garagem do motel. Para a polícia, Verônica teria cometido o crime porque Fábio havia terminado o relacionamento uma semana antes.

Terra

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