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Passageiros de Maricá reféns do medo, nos ônibus que cruzam a Ponte

Além de enfrentarem trânsito caótico nos horários de rush, passageiros que atravessam de ônibus a Ponte Rio-Niterói sofrem com constantes assaltos. Em muitos deles os coletivos são desviados de suas rotas e levados para acessos a comunidades na Avenida Brasil. Para a delegada Monique Vidal, titular da 17ª DP (São Cristóvão), onde a maioria desses casos são registrados, os crimes estariam sendo cometidos por quadrilhas especializadas.
“Como os ônibus sequestrados são levados até a Avenida Brasil, suspeitamos que essas quadrilhas sejam daquela região, de comunidades como Manguinhos e Ramos”, frisou.
Segundo o último levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), a 17ª DP registrou de janeiro a junho deste ano 148 ocorrências de assaltos a coletivos, quase o dobro das 78 registradas no mesmo período de 2010. Muitos desses casos são de ônibus assaltados na Ponte ou em algum de seus acessos no Rio. Os ataques não têm hora para acontecer e costumam ocorrer nos dois sentidos. Quanto o ônibus sai de Niterói, o assalto geralmente é anunciado na Ponte e o motorista obrigado a desviar a rota. Quando a partida é feita no Rio, o trajeto é desviado antes que o coletivo alcance a Ponte.
De acordo com a delegada, as linhas mais visadas pelos bandidos são as que fazem os trajetos de Charitas para o Castelo e Ipanema, e as que vão de Maricá para o Castelo e de Itaipuaçu também para o Castelo.



Dois crimes em 20 minutos

No último dia 5 setembro, dois ônibus foram sequestrados com intervalos de 20 minutos. Os coletivos, que faziam o trajeto Castelo x Itaipuaçu e Castelo x Maricá, foram interceptados em frente à Rodoviária Novo Rio e há a suspeita de que a mesma quadrilha tenha agido nos dois casos. Os crimes ocorreram quando o sistema de comunicações da Polícia Civil estava fora do ar. Os crimes ocorreram às 19h e 19h20. O grupo, composto por quatro assaltantes, estava armado e ameaçou o motorista e os passageiros e depois obrigou os ônibus a desviarem a rota e seguirem para a Avenida Brasil.
No dia 1º de setembro, outro ônibus já havia sido sequestrado. Dois homens armados assaltaram cerca de dez passageiros que estavam no coletivo que fazia a linha Castelo-Maricá.
No dia seguinte, passageiros do ônibus que fazia a linha Charitas-Castelo ficaram reféns de assaltantes que obrigaram o motorista a mudar a rota do coletivo, que também foi desviado para a Avenida Brasil.


O Fluminense

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