Municípios do Leste Fluminense buscam infraestrutura para crescer. Maricá está nessa!

Após sete anos do anúncio da implantação do Complexo Petroquímico (Comperj), em Itaboraí, os 14 municípios que formam o Consórcio Intermunicipal da Região Leste Fluminense (Conleste) correm contra o tempo para absorver os impactos gerados pelo empreendimento, previsto para entrar em operação em 2014. A preocupação é conciliar crescimento com melhorias para a população, que cobra infraestrutura e transportes eficientes, como a criação da Linha 3 do Metrô e do serviço de barcas entre São Gonçalo e o Rio. Também é grande a lista de reivindicações das prefeituras, que pedem recursos.
O coordenador do Grupo Técnico do Fórum Comperj, representante da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços, Antônio Meneses, aponta a necessidade de acelerar os projetos necessários para garantir a sustentabilidade e evitar favelizações na região. Entre as prioridades de investimentos ele destaca que os governos devem focar em saneamento básico; programas habitacionais para famílias de baixíssima renda; e mobilidade das pessoas.

Avanços - O diretor-geral do Conleste, Álvaro Adolpho, cita exemplos de avanços nos municípios, para evitar transtornos com o crescimento a partir da chegada do Comperj. Para ele, a região precisa resolver de forma conjunta problemas nas áreas de transportes, saneamento; habitação; destino do lixo; capacitação e qualificação profissional.
“Niterói avançou nos projetos de transportes; Itaboraí no zoneamento urbano; Maricá no saneamento; Tanguá na destinação dos resíduos sólidos; Cachoeiras de Macacu na qualificação da mão de obra; e Rio Bonito na proteção dos mananciais hídricos. Os municípios do Conleste devem fazer o dever de casa. Das três etapas necessárias para a elaboração do Plano Diretor Regional, que é de extrema importância, pois o Comperj vai redesenhar toda a região, apenas duas estão prontas: a revisão dos planos diretores municipais e o conjunto de subsídios para a realização do trabalho”, relatou Álvaro Adolpho.
Preocupado em preparar Maricá no ritmo do crescimento da região, o prefeito Washington Quaquá ressalta que o foco dos investimentos na cidade tem sido no saneamento. O chefe do Executivo municipal relatou que as obras do PAC II, no valor de R$ 9 milhões, garantiram água para Ponta Negra e anunciou que Inoã e Itaipuaçu estão prestes a receber intervenções para o abastecimento de água, com R$ 70 milhões. Já para tratamento de esgoto na região do Centro e São José do Imbassaí o município conta com R$ 36 milhões garantidos.
“Já estamos sofrendo efeitos positivos e negativos da implantação do Comperj. Positivos porque os grandes agentes econômicos já estão se instalando na região. Mas, por outro lado, o crescimento demográfico está sendo muito grande, o que torna imprescindível que sejam feitos investimentos imediatos em infraestrutura. O custo de vida aumentou. Os governos estadual e federal estão investindo na região, mas a reclamação dos prefeitos do Conleste é que a Petrobras não tem investido”, diz Quaquá.

O Fluminense


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