Abelhas atacam em Itaipuaçu e cerca de 20 pessoas terminam machucadas

Moradores de um condomínio em Itaipuaçu, em Maricá, foram atacados por abelhas africanas na tarde de domingo. O grupo estava na piscina, quando foi surpreendido pelo aparecimento dos insetos. Houve pânico e cerca de 20 pessoas foram picadas pelas abelhas. A Defesa Civil de Maricá confirmou que o número de ataques desta espécie tem aumentado nos últimos meses.
Segundo o aposentado Joedir Correia dos Santos, de 68 anos, o ataque ocorreu por volta das 13h, horário em que várias famílias estavam na piscina. Ele conta que os insetos eram extremamente agressivos, e que chegaram atacando as pessoas e o alvo preferido era a cabeça.
“Ninguém viu de onde elas vieram, só vimos quando as pessoas começaram a ser atacadas. O pior é que quem estava na piscina e mergulhava para fugir dos ataques, quando voltava à superfície era picado novamente. A minha maior preocupação era com minha neta, que só tem um mês. Corri para dentro para fechar a janela, mas acabei levando várias picadas.”
O analista de sistemas Leonardo Pinheiro dos Santos, 36 anos, filho do aposentado, contou que foi a primeira vez que viu algo do gênero.
“Nunca tinha visto nada assim, parecia cena de filme. Na mesma hora liguei para os bombeiros, mas eles disseram que esse tipo de ocorrência não era atribuição deles, e sim da Defesa Civil. Ficamos horas em casa, esperando que as abelhas fossem embora”.
Sávio Freire Bruno, professor de Medicina de Animais Silvestres e Zoologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), diz que este tipo de abelha foi trazido da África, na década de 50 e acabou fugindo dos criadouros.
“A espécie que conhecemos hoje em dia é uma miscigenação da abelha africana original com a abelha europeia. Elas são agressivas, mas não como as originais”.


O FLUMINENSE

Comentários