Presidência da Alerj promete terminar com a ‘farra das medalhas’

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado estadual Paulo Melo (PMDB), anunciou que irá acabar com a “farra” de concessão de medalhas e homenagens na Casa. O parlamentar acatou pedido da deputada Cidinha Campos (PDT), que reclamou da votação da proposta de entrega da Medalha Tiradentes – a maior honraria entregue pela instituição a uma personalidade – pelo hoje ex-deputado Anabal (PHS) ao deputado reeleito Marcos Abrahão (PTdoB). Na sessão desta quarta-feira, os parlamentares pararam a pauta para, durante quase 20 minutos, discutir os critérios nas homenagens feitas por eles e a seus pares.

“Sou contra a entrega da Medalha Tiradentes para pessoas vivas. Defendo apenas as homenagens póstumas. Nós não temos que ficar perdendo tempo com isso. Não glorifica a Alerj. Vou ainda propor ao presidente da Comissão de Proposituras Internas, deputado estadual Edino Fonseca (PR), que mude os critérios da entrega de medalhas e demais honrarias”, contou Cidinha, acrescentando que em 12 anos como deputada, foi a primeira vez que presenciou um parlamentar homenagear o outro.
Abrahão mostrou-se surpreso com a honraria prestada por Anabal, que não foi reeleito em outubro passado.
“Eu não sabia que receberia a medalha”, garantiu o parlamentar, concordando com a iniciativa de Cidinha.
Na sessão plenária desta terça-feira, foram aprovados dois projetos de resolução concedendo a Medalha Tiradentes a personalidades. O primeiro, de autoria do deputado estadual Dionísio Lins (PP), que homenageia o diretor presidente da Companhia Municipal de Energia e Iluminação do Rio de Janeiro (Rio Luz), José Henrique Pinto. O segundo, de autoria de Geraldo Moreira (PTN), concede Medalha Tiradentes à assistente social Eliana de Souza e Silva, doutora em Serviço Social e diretora da Redes de Desenvolvimento da Maré (na Zona Norte do Rio).
Liminar - O Tribunal de Justiça (TJ) derrubou nesta quarta liminar impetrada na véspera a pedido da deputada Clarissa Garotinho (PR), que suspendeu a votação da Comissão de Educação da Alerj. O TJ atendeu a um recurso da Procuradoria do Legislativo. Clarissa reivindicava que a votação fosse suspensa até que a Mesa Diretora a incluísse como membro da comissão.


O Fluminense

Comentários