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Vereador de Maricá diz que foi ameaçado de morte pelo prefeito

O presidente da Câmara de Maricá, vereador Luciano Rangel Jr (PSB) denunciou nesta quarta-feira no plenário da Casa que estaria sendo vítima de uma suposta ameaça de morte, feita por telefone, devido à aprovação no Legislativo, da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar acusações de desvio de verbas da Prefeitura. O prefeito Washington Quaquá seria o responsável pelas ameaças, segundo o parlamentar. O prefeito nega.

O vereador registrou queixa na 82ª DP (Maricá). No registro de ocorrência, Rangel pede que seja quebrado o sigilo telefônico dos envolvidos para comprovar a origem da suposta ameaça. O delegado titular Marcelo Maia confirmou o registro da queixa.
“Vamos encaminhar tudo à Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Rio, que irá apurar o caso. Cabe somente ao Tribunal de Justiça julgar qualquer ato criminal de prefeitos. Ainda vou analisar a denúncia encaminhada pelo presidente da Câmara”, disse.
O vereador também denunciou em plenário ameaça semelhante feita ao vereador Uilton Viana Filho (PSB), filho do vice-prefeito Uilton Viana, que no ano passado rompeu com o prefeito. Uiltinho, como é mais conhecido, confirmou a ameaça, que também foi registrada na delegacia local.
“Recebi telefonema do prefeito me ameaçando e a minha família de morte”, disse, acrescentando que pedirá proteção policial.
Segundo Uiltinho, o prefeito é contra a investigação, pela Câmara, de desvio de mais de R$ 30 milhões em verbas que seriam destinadas para diversas obras no município, conforme denúncias apresentadas pelo ex-subsecretário de Urbanismo, Tiago Rangel, no início do mês passado.

Quaquá negou ter ameaçado Luciano Rangel Jr e Uiltinho Viana.

“O Luciano é um brincalhão. Não fiz nenhuma ameaça a ele nem ao Uiltinho. O presidente da Câmara e o vice-prefeito estão de olho em meu cargo e querem me dar um golpe. Mas, não conseguirão. Além disso, pedi à 82ª DP proteção policial ao Tiago, para que a oposição não o mate e depois me acuse de mandante do crime”, afirmou o prefeito.


CPI é aprovada por seis votos


A abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suposto desvio de R$ 15 milhões na Secretaria de Obras, que seria usado para pavimentação e calçamento de ruas do município, foi aprovada na sessão desta quarta-feira. Dos 11 vereadores, seis votaram a favor. Os demais, Ronny, Helter Ferreira, Bubute, Fabiano Horta (todos do PT), e o líder do Governo na Casa, Jorge Castor (PMDB), não compareceram à sessão. O presidente do Legislativo, Luciano Rangel Jr (PSB).

O pedido de CPI, feito pelos vereadores da oposição – Aldair Machado da Silva, o Caiu Motorista (PSC); Aldair Nunes Elias (PPS); Paulo Maurício Duarte de Carvalho (PDT); Uilton Afonso Viana Filho (PSB); Alberto da Maricaense (PSDB) e Luciano Rangel Jr – com base em denúncias feitas no início de novembro pelo ex-subsecretário de Urbanismo, Tiago Rangel, exonerado pelo Executivo em 1º de novembro. Os integrantes da Comissão serão escolhidos no próximo dia 6 e terão prazo de 90 dias (podendo o tempo ser prorrogado) para realizarem a investigação.


O Fluminense

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