Trajeto de Darwin será reformado para turismo, prevê projeto do Inea

Os Caminhos de Darwin serão totalmente reestruturados, com a abertura de uma trilha e a instalação de pórticos de segurança. Esse é o projeto do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), que pretende revitalizar totalmente o trecho percorrido pelo naturalista inglês, cortando o Parque Estadual da Serra da Tiririca no século XIX. Para isso, o órgão está finalizando estudos de aproveitamento da área, que preveem a desapropriação de uma área de 32 hectares, na região de Maricá, e a contratação de 220 guarda-parques. Os investimentos ainda serão calculados pelo Estado.

De acordo com o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, os estudos relativos às desapropriações já foram entregues para avaliação da Procuradoria Geral do Estado. O próximo passo é a assinatura dos decretos que vão declarar estas propriedades como sendo de utilidade pública para fins de desapropriação.
“Acreditamos que as primeiras imissões de posse destes lotes possam ocorrer ainda este ano, mas o processo todo só deve vir a ser concluído ainda no primeiro semestre do próximo ano”, declara.
Ainda de acordo com Ilha, as desapropriações devem ocorrer apenas no município de Maricá. Em Niterói, a área que deve ser utilizada para a implantação do projeto já seria de propriedade do Estado.
No plano de ocupação das áreas, consta, ainda, a construção de edificações, tanto para servir à administração da unidade, quanto aos visitantes. Serão pórticos, cujo projeto executivo foi elaborado por alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal Fluminense (UFF), que participaram de um concurso interno. Esses equipamentos serão ocupados permanentemente. A intenção é promover, até o final do ano, um concurso para a contratação de 220 guarda-parques. Atualmente, esse trabalho é feito apenas duas vezes ao dia.
Entre outras coisas, a fiscalização do Caminhos de Darwin vai coibir o trânsito de veículos motorizados na nova trilha, exatamente onde o caminho intercepta os limites da unidade, nos dois municípios. O acesso se daria apenas até o início da trilha, onde haverá estacionamentos. O restante do trajeto só poderá ser feito a pé. Segundo o Inea, isso evitaria despesas com a reconstrução da estrada, além de promover maior preservação do trajeto

O Fluminense

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