Centrais de 'gatonet' de Itaipuaçu seriam comandadas por policiais civis

Serviço clandestino de TV a cabo e internet geraria lucro de quase R$ 300 mil mensais. Operação da Draco contou com 30 policiais, além de funcionários da Net e da Ampla

Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Policiais (DRACO-IE) estouraram na manhã desta quinta-feira três centrais clandestinas, sendo duas de TV por assinatura, conhecidas como gatonets e uma de internet, que funcionavam em duas casas nas ruas dos Flamboyants e Girasóis, em Itaipuaçu, distrito de Maricá. A ação partiu do cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara Criminal daquele município. A operação contou com a participação de cerca de 30 policiais, além de peritos e funcionários da Net e da Ampla.

De acordo com a polícia, as centrais seriam controladas por uma quadrilha que já vinha sendo investigada desde abril de 2009. Entre os integrantes estariam dois policiais civis. Eles seriam donos de uma empresa legalizada para servir de fachada e oferecer serviços de internet banda larga na região de Maricá. Um dos policiais já teria sido afastado por corrupção e o outro continuaria na ativa. Ninguém foi preso durante a ação.
Ainda segundo os agentes, os criminosos cobrariam uma taxa por mês dos usuários, que teriam direito até a assistência técnica. O serviço ilegal geraria um lucro de quase R$ 300 mil mensais.
Foram apreendidas três antenas de recepção de sinal, cerca de 40 aparelhos receptores, duas furadeiras, uma caixa de cabos e fios, dois laptops, quatro discos rígidos, uma torre de amplificação para distribuição do sinal, duas escadas, uma grande quantidade de documentos, inclusive notas fiscais de recebimento das mensalidades dos usuários, e diversos aparelhos eletroeletrônicos, além de quatro carros que seriam utilizados para prestar serviços de manutenção dos equipamentos de TV. O material foi encaminhado para a sede da delegacia, no Centro do Rio.

O Fluminense

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