Começa o pagamento da 2ª parcela do Pé-de-Meia

População de Maricá reclama de atendimento no Hospital Municipal

Funcionários do hospital afirmam que atrasos salariais estariam provocando dificuldades. Dona de casa só conseguiu atendimento para filho recém-nascido com intervenção policial



A população de Maricá afirma estar enfrentando grandes dificuldades em receber atendimento no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Segundo informações de funcionários, atrasos salariais estariam provocando um verdadeiro caos dentro do hospital.

A dona de casa Evânia Bezerra, de 40 anos, precisou de atendimento para seu filho recém-nascido e só conseguiu atendimento com intervenção policial. Segundo Evânia, seu filho Pietro Bezerra Saturnino, de apenas 18 dias, precisou de atendimento na manhã desta quinta-feira e só pôde dar entrada no hospital quando uma inspetora de polícia da 82ª DP (Maricá) intercedeu pela criança.
“Cheguei ao hospital por volta das dez da manhã e fui informada de que não havia médicos para cuidar do meu filho. Decidi então ir à delegacia dar queixa do hospital e do prefeito Quaquá – porque eu votei nele e ele está sendo o pior prefeito de todos os tempos. Quando eu cheguei na delegacia uma inspetora me ajudou ligando para o hospital e exigindo que atendessem meu filho. Quando voltei eles me atenderam e deixaram meu filho entrar”, declarou.
Evânia também contou que a pediatra que atendeu a criança disse, no entanto, que não havia necessidade de denúncia à polícia e ao jornal, e que ela estava o tempo todo no hospital.
Transferência - A diarista Elisângela Costa e Silva e sua família também tiveram problemas no hospital. Segundo Elisângela, seu irmão de 38 anos é soropositivo e, após passar dois dias sem tomar a medicação, se sentiu mal e precisou de ajuda médica. A diarista chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e, após o primeiro atendimento, os profissionais informaram que o doente precisava ser transferido para Itaboraí – único lugar que oferece atendimento para portadores de HIV. Porém o Samu informou que essa transferência entre municípios não poderia ser feita por eles, apenas entre hospitais – sendo assim o paciente teria que ser levado para o hospital municipal de Maricá.
Então, Elisângela levou seu irmão ao Hospital Conde Modesto Leal, onde ele deu entrada às 8h e até as 20 horas não havia sido transferido. A informação passada para a família é que, para que houvesse a transferência, seria necessária uma avaliação de um neurologista. E, segundo Elisângela, ninguém chegou para avaliar seu irmão que se encontrava inconsciente e sem responder a estímulos. A diarista ainda informou mais tarde, por telefone, que logo após a saída da equipe de O FLUMINENSE do hospital, o descaso com os pacientes voltou a prevalecer.
Recorrente - No fim de semana, O FLUMINENSE já havia denunciado problemas de atendimento nesse mesmo hospital. O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev) disse, inclusive, que vai fazer uma denúncia ao Ministério Público. Segundo Maria da Conceição Marques, uma das diretoras do sindicato, as condições de trabalho e atendimento são precárias. Alguns funcionários despreparados, falta de maca, moscas nas enfermarias e aparelho de oxigênio quebrado foram algumas das queixas.
A secretária de Comunicação Social de Maricá, Alba Valéria Texeira, informou que o pagamento referente a abril dos médicos efetivos do Hospital Municipal Conde Modesto Leal foi feito no dia 30 de abril e o pagamento dos médicos contratados seria feito até o dia 20 deste mês. A secretária de saúde, Thereza Varella, informa que não foi procurada pelos profissionais do hospital para discutir reivindicações da categoria e considerou que, se as denúncias forem verdadeiras, foi irresponsável a condução do processo. Ela diz que todas as denúncias serão apuradas e providências serão tomadas.
“Não houve assembleia, nem tampouco comunicação de greve com antecedência de 48 horas”, afirma Varella.

                                     Postos em Itaipuaçu ficaram sem vacina

Quatro postos de saúde de Itaipuaçu não estavam aplicando a vacina para idosos contra a gripe nesta quinta-feira em Itaipuaçu. No Posto de Saúde da Família do bairro Recanto, no Posto de Saúde da Família do Jardim Alcântara, no Posto de Saúde do Barroco e na Unidade de Saúde Santa Rita de Cássia, idosos voltavam para casa frustrados.
No Posto de Saúde do Barroco, segundo informações, a vacina não está sendo aplicada porque a unidade não possui geladeira para guardar o medicamento. Nos outros três, somente a vacina para a Gripe Suína (Influenza A) está disponível.
Os idosos que procuraram os postos de saúde da região foram orientados a voltarem na segunda-feira para tomarem a vacina, o que provocou revolta e transtornos para a população.
A aposentada Márcia Bonvini, de 60 anos, procurou nesta quinta-feira o serviço na Unidade de Saúde Santa Rita de Cássia. Ela, que é diabética e nunca foi vacinada contra gripe, reclamou do serviço.
“Vim ao local à toa. Perdi parte do meu dia e ainda terei que voltar aqui para tomar a vacina. Me disseram para tomar logo as duas vacinas de uma vez, mas não sei se vou conseguir me vacinar aqui em Itaipuaçu. Se eu não conseguir, vou precisar ir até Niterói”, disse a aposentada em tom de protesto.
A professora Solange Casarin, de 56 anos, também encontrou dificuldades com a vacinação. Segundo ela, seu marido Adjamiro Lima dos Santos, que tem 75 anos e é cardíaco e diabético, pretendia se vacinar nesta sexta-feira ou no sábado, mas como não pode ficar se deslocando sem ter certeza se haverá a vacinação, terá que esperar até segunda-feira e ligar para o posto. A professora ficou indignada.
“O posto é precário e nós nos sentimos abandonados, é um total descaso com a população”.
A Secretaria de Saúde de Maricá informou que a quantidade de vacinas recebidas pelo município não foi suficiente para atender a demanda da rede municipal de saúde. No entanto, já foram disponibilizados, por parte da Secretaria estadual de Saúde, novos lotes de vacinas e nesta sexta-feira as unidades deverão estar novamente abastecidas.


                                                                                     O Fluminense


# Nota da editora: Ontem fui à Maricá, e fiquei sabendo que uma criança de 20 dias havia morrido, por negligência médica.
Fui marcar meus exames, e não consegui nenhum dos 3, o de colonoscopia está quebrado e o abdomem total e endoscopia, só em junho....... e enquanto isso fico sem sber o que tenho? Levei quase um ano para marcar o gastro, e agora quanto tempo levarei para marcar os exames?
Aí, chego ládissem que não tem mais vagas?
No caso do posto do Barroco, já haviamos exposto a situação, que não havia geladeira para estocarem as vacinas, pois ela se encontrava quebrada desde o governo passado !
Isso é uma vergonha! É deve ser mesmo, o povo que governa, pois uma palhaçada essa administração ! Pessoas totalmente despreparadas para poderem administrar, poucos se salvam!...

                                                                     Marisol Carvalho

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